Dicas na hora de reformar



Dores de cabeça enormes, prazos intermináveis e rios de dinheiros gasto. Essa a descrição bem resumida de vários relatos do processo de reforma de um antigo. Não é novidade para ninguém esse tipo de circunstância, logo fazendo com que diversas pessoas ficarem receosas ao pensar em dar um trato no seu clássico. Com a mesma situação enfrentada por diversas pessoas talvez seja possível tirar alguma experiência para aprendizado, visando evitar incomodações desnecessárias.

Carros não falam, pergunte ao dono.
        A maioria das pessoas começam bem, procurando indicações e referências buscando encontrar profissionais que já sejam reconhecidos no ramo e até chegam a avaliar o trabalho dos mesmos, e é ai que mora o detalhe. Não adianta muita coisa um carro ter sido restaurado por uma pessoa e estar com a lataria lisa e com a pintura brilhando se o tempo de entrega do veículo foi o dobro que o combinado, se foi gasto o bem mais do que foi conversado, isso fora as dores de cabeça. Portanto, além de avaliar um trabalho, deve-se conversar com quem contratou aquele serviço, para desse modo saber se o resultado final vale todo o caminho.

Dividir para conquistar.
                Escolhido os profissionais e encaminhado o serviço, em hipótese nenhuma deve-se pagar o valor todo combinado de só uma vez.  O máximo a se pagar no início é 50% do valor total acordado, mas o recomendado para que haja produtividade no processo é pagar por etapas, a medida que o serviço for sendo feito. Um exemplo seria ao deixar o carro na funilaria e pagar 25%, quando os podres forem removidos e lanternagem pesada estiver pronta pagar mais 25%, após a preparação para pintura mais 25% e com o carro pintado pagar os 25% restantes. Fazendo dessa maneira consegue se ter um controle da produtividade maior em relação quando se paga metade no começo e metade no final, além de não dispor de grandes quantias de dinheiro de uma vez só.

Lutar sempre, desistir jamais.
        Em hipótese nenhuma deve se abandonar o projeto. Isso não quer dizer que deva não deva vender caso não se sinta mais motivado para continuar, mas sim não deixar a responsabilidade total do serviço não mão do funileiro, pintor, tapeceiro ou seja lá em qual etapa esteja. Muitas pessoas começam a desanimar e deixam de fiscalizar o serviço, ficando semanas ou até mesmo sem ir ver o carro, deixando a responsabilidade de dar continuidade nos trabalhos ao profissionais, os mesmo que já não estão cumprindo com sua parte, seja lá por qual motivo for.
            O recomendado é fazer pelo uma visita por semana nas oficinas, não deixando passar o intervalo de 15 dias entre uma visita e outra. Deve se cobrar e fiscalizar o serviço tomando cuidado para não se passar por uma pessoa chata, pois isso também pode acarretar problemas no desenvolver do trabalho.
            Outra ação que pode e irá ajudar bastante é recorrer a ajuda de quem já passou por isso ou quem já tenha mais experiência no assunto. Não buscar especialistas na área, pois pode vir a ser uma situação um pouco embaraçosa levar um pintor na oficina de outro. Deve-se recorre aquele amigo que já está no meio a mais tempo ou aquele conhecido dos encontros que já teve mais carros, pois além de ter um olhar mais criterioso estas pessoas não estarão  envolvidas emocionalmente com o projeto, assim podendo te indicar as melhores atitudes a serem tomadas.
            Caso as medidas anteriores não tenham surgido efeito e o prazo para o cumprimento do serviço ter chegado a data limite mas sem estar finalizado, não se deve pensar duas vezes em tomar alguma atitude, seja ela cobrar explicações, tirar o carro ou qualquer outra que solucione o problema (dar mais dinheiro não é uma dessas atitudes). Busque oficinas que trabalhem por contratos e tente arquivar ao máximo o que é conversado e acordado, pois tais documentos e informações serviram para sustentar suas as atitudes tomadas, caso elas sejam necessárias.
            Buscar conhecimento também muito válido. Mesmo que o dono do veículo não se arrisque a tentar fazer o serviço, ele terá muito mais embasamento de como os procedimentos devem ocorrer para obter um resultado final satisfatório, assim conseguindo examinar o trabalho que está sendo feito em seu carro, logo ficará mais claro se o serviço está sendo feito da maneira que deve ser feito ou não.
            Um último adendo que pode ser feito é realizar a análise completa do veículo para averiguar se é necessário para-lo para um reforma geral. Dividindo as manutenções por etapas é possível realizar todos os reparos parando o carro nas oficinas o mínimo de tempo necessário. Por exemplo, levar o veículo primeiro somente para fazer a lanternagem, saindo da lanternagem levar para a pintura, da pintura para mecânica, da mecânica para a elétrica, da elétrica para a tapeçaria. Dessa maneira, fazendo cada processo de cada vez e separado do outro, o carro continuará andando e ficando nas oficinas menos tempo se fosse fazer tudo de uma vez, assim quando o proprietário se der por conta o carro inteiro já estará pronto, ficando o mínimo possível parado, em um menor prazo e muito provavelmente gastando menos dinheiro (além de bem menos dor de cabeça, é claro).

publicado por Nathan 20, maio, 2018

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